31 de Agosto a 3 de Setembro de 2017
As feiras sempre foram um espaço essencial para a afirmação das comunidades e
do seu relacionamento com o exterior, verdadeiras “portas do Mundo”.
Outrora, quando as populações mais periféricas “vinham à feira”, a velocidade de
deslocação e viagem eram consideravelmente diferentes do que hoje em dia
acontece e, como tal, geralmente implicava uma ou duas noites de pernoita nas
próprias faldas da feira, criando-se assim um tempo de lazer que era aproveitado
por trupes de saltimbancos, marionetistas e outras diversões, hoje quase
irremediavelmente reduzidas aos carrosséis, barracas de tiro e a venda de
farturas, pipocas e algodão doce. Alterada a dinâmica e fluxo dos públicos,
acrescida à natural modernização da própria estrutura da feira, muitas daquelas
actividades outrora populares foram caindo no esquecimento.
O teatro de marionetas foi uma das chamadas Artes Performativas que maior
incremento, evolução e transfiguração tem conhecido nas mais recentes décadas,
qual fénix renascida das cinzas.
Assim, o seu retorno ao espaço humano da Feira é não só desejável como se
impõe como corolário de uma interacção comunitária simultaneamente de
reavivamento de memórias e de geração de memória futura.
Um dia o Sr. António e a Sra. Antónia fizeram um bolo. Deixaram-no a arrefecer e pediram aos meninos que tomassem conta dele enquanto o Sr. António dava de comer às galinhas. Quando o Bolo se levantou da mesa, os meninos chamaram o Sr. António, mas este foi incapaz de o agarrar e o Bolo fugiu para a floresta. Na floresta, o Bolo encontrou uma Lebre que o queria comer, cantou-lhe uma canção e aproveitou a distracção desta para fugir. Encontrou, depois um Urso e um Lobo de quem também escapou. Quando, todo seguro de si, se vangloriava de ser mais esperto do que todos os animais da floresta apareceu a dona Raposa que se mostrou muito mais esperta do que ele.
Ficha Técnica:
Técnica – Teatro de Fantoches
Texto – José Carlos Alegria a partir de um conto tradicional russo Bonecos – Vasco Fernando
Cenários – António Canelas
Guarda-Roupa – Cristina Roque
Manipulação – José Carlos Alegria e Carlos Miguel Meira Alegria
Duração: 45’ CE: M/3
O nome Capiroto, título deste espectáculo de Mamulengo, é um termo popular brasileiro, muito comum, usado para designar o diabo. Neste caso, não se refere ao lado maquiavélico e terrível da personagem infernal, no seu contexto judaico-cristão, mas antes ao conceito profano da festa, da amoralidade e da liberdade para os prazeres mais “carnais” e transgressores, como são a dança, a música, a comida e a sexualidade. O Mamulengo evoca a alegria de viver, que permite alterar o equilíbrio da sociedade, as relações de poder, insurgindo-se contra o maniqueísmo da vida. Cria-se através do teatro um outro universo, com personagens e temas de um mundo ao qual cada um de nós está sujeito, submisso e é por vezes explorado. Transpomos, com os bonecos, a dura realidade do quotidiano para uma outra dimensão, onde a voz do povo, seus anseios e vontades são ouvidos.
Tudo isso na intenção maior de provocar o riso que, gerando a folgança, o alívio e o divertimento, atua como elemento catártico e de grande comunicabilidade.
Ficha Técnica:
Direcção/interpretação MARCELO LAFONTANA Cenografia SILVIA FAGUNDES
Música TILIKE COELHO
Direcção técnica PEDRO CARDOSO
Fotografia de cena J PEDRO MARTINS
Duração: 50’
CE: M/6 anos
3G Formas Animadas trata-se de uma Performance Itinerante de 3 Personagens Trigémeas, fruto de um programa de fertilidade, que na sua forma visualmente desproporcionada deambulam por um Universo artificial ligado às novas tecnologias e à sua própria imagem.
Produção: PIA – Projectos de Intervenção Artística, CRL
Direcção Plástica / Formas Animadas: Pedro Leal
Corpo/Movimento: Helena Oliveira
Figurinos e Adereços: Andreia Coelho
Performers: Carlota Oliveira, Catarina Mota, Helena Oliveira
Duração: 1 hora
CE: Todas as idades
O BARBEIRO
No dia do seu casamento, Dom Roberto resolve ir ao barbeiro fazer a barba. Ao longo de muitas peripécias o barbeiro executa a sua tarefa e finalmente apresenta-lhe a conta. Dom Roberto recusa-se a pagar. Lutam e Dom Roberto acaba por matar o barbeiro. Vem a Morte buscar a vítima e pretende levar Dom Roberto consigo. Luta de vida ou de morte que Dom Roberto naturalmente vence, matando a própria Morte.
O TOUREIRO
Não contendo propriamente um enredo dramático, esta peça descreve-nos as diferentes fases de um Corrida de Touros à Portuguesa, com os seus personagens típicos: o campino, o toureiro e, claro o touro.
Ficha Artística:
Autor: Teatro Popular Português Manipulação: Raul Constante Pereira Construção: Raul Constante Pereira
Duração: 20’
CE: M/6 anos
Os Robertos Santa-Bárbara são hoje o derradeiro exemplo do teatro ambulante de fantoches de tradição oral e genuinamente popular, apresentados por Vítor Costa, filho de João Santa- bárbara Costa que foi genro de um dos derradeiros discípulos do grande Mestre Manuel Rosado.
Ficha Artística:
Interpretação – Victor Costa
Duração: 30’
CE: Todas as idades
Largo Machado dos Santos Nº15
7050-125 Montemor-o-Novo
Portugal
Tel: (+351) 266 890 262
(chamada para a rede fixa nacional)
E-mail: almadarame@gmail.com
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