Quimera, a eterna batalha entre o analógico e o digital

ENSAIO ABERTO · 5 DE MARÇO · 10H30 · ALMA BOX 

© Mairea Buenaventura

Entre os dias 26 de fevereiro e 8 de março voltamos a receber Mairea Buenaventura para a continuação da sua exploração de objetos híbridos.

Quimera é um jogo entre o teatro de sombras e objetos através da imaginação, híbridos mutantes entre o analógico e o digital e o handmade vs tecnológico. 

A história centra-se num mundo em decadência, sem natureza e em obsolescência programada. Quase não há humanos, os que restam são meio-cyborg que vivem rodeados de sucata e com recursos muito escassos. Quase nada excita ou surpreende ninguém, reina a apatia, a decadência, a previsibilidade, a mesmice, a repetição… não há mais esperança. 

Numa atmosfera cyberpunk, é apresentado um futuro distópico pós-industrial com estética steampunk, onde estes elementos podem ser explorados em combinação com dança, manipulação, ritual, música sensorial e experimental.

“O dia amanhece num mundo distópico, num futuro não muito distante, onde vemos como uma marionetista desorientada acorda. Ao fazer o reconhecimento do local, descobre algo deitado ao seu lado. Quando se aproxima para ver o que é, é surpreendida por uma marioneta criada a partir de peças recicladas que foram deitadas fora. Quando lhe toca, a marioneta ganha vida durante alguns minutos, reagindo a certos elementos do ambiente, mas, sem saber porquê, volta a fechar-se.

Começa aqui uma relação algo estranha e misteriosa entre os dois, em que não é claro o que realmente os move, o que os move, o que dá vida à marioneta e porque é que o marionetista está obcecado por ela.”

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