O FIM DO FIM

© Inês Sambas

SINOPSE

o Fim do Fim ou os buracos que crescem sem cessar

Em o Fim do Fim, Amândio Anastácio e João Garcia Miguel cruzam capacidades. O tema é uma indefinível tensão entre dois mundos. O mundo que temos e essoutro que sonhamos. Em tempos inventámos as linguagens que nos ajudaram a construir esta utopia de mundo que mudou tudo à nossa volta. E que agora deixaram de servir essas linguagens. Porque impedem-nos de mudar. Porque nos aprisionam, limitam os sentidos e transformando-nos em informadores.  

A ideia inicial era uma peça sobre o fim premeditado dos objectos a que chama obsolescência programada. Uma morte prevista para os objectos. Aos poucos tornamo-nos, também, em objectos obsolescentes. O fim de todas coisas é aceite com a alegria de que a seguir há sempre um objecto novo e um recomeço. A partir escrevemos um texto que dá voz à vida aprendendo a dizer adeus. As coisas estão a mudar. Há correntes subterrâneas que nos empurram. Dançamos valsas e aos poucos transformamo-nos em cães. Somos filhos e frutos de experiências algorítmicas de empresas inovadoras. Não há nada que se possa fazer. Estamos a perder palavras. Cada dia um pouco mais. Está tudo a modificar-se radicalmente. Ão! Ãoo! Temos de aprender a modificar-nos também. Sentimo- nos cada vez melhor nesta vida de cão. E tudo para que haja um LUGAR PARA TODOS. O Quixote diz: quem lê um livro abandona-se num barco no alto mar corre riscos de ficar doido varrido e feliz da vida.

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