A Boa Sentença do Sultão
29Out17:00A Boa Sentença do SultãoFestival 1001 Folhas [Loulé]
Detalhes do Evento
Este Sábado, dia 29 de Outubro, a Alma d’Arame vai a Loulé apresentar “A Boa Sentença do Sultão” no festival 1001 Folhas, às 17h00 na
Detalhes do Evento
Este Sábado, dia 29 de Outubro, a Alma d’Arame vai a Loulé apresentar “A Boa Sentença do Sultão” no festival 1001 Folhas, às 17h00 na Sala dos Ensaios, no Largo de S. Francisco!
SINOPSE
Versão de Ildeberto Gama, a partir de Contos para a Infância, de Guerra Junqueiro, edição Typographia Universal, Lisboa, 1877.
O processo de trabalho para esta peça tem, como ponto de partida, alguns textos dedicados à infância publicados em 1877 por Guerra Junqueiro, poeta panfletário cuja poesia ajudou a criar o ambiente revolucionário que conduziria à implantação da República em 5 de Outubro de 1910.
Guerra Junqueiro fez parte da chamada Geração de 70 que pretendeu querer fazer Portugal bater ao ritmo da modernidade europeia, não sendo esquecidos os assuntos de natureza didáctica, pedagógica e escolar e a publicação dos Contos para a Infância constitui um seu contributo positivo para a «Educação Elementar». Junqueiro compreendeu e deu a compreender a necessidade de investir no universo infantil através de uma pedagogia lúdica e libertária que harmonize a criança com a natureza, despertando o seu estado de razão sem esterilizar o seu espírito livre e criador.
Assim, numa época em que vivemos sob o espectro da degradação das condições básicas de vastas camadas da população – e a infância na sua natural fragilidade, está na primeira linha dos que sofrem as consequências – faz todo o sentido que abordemos estas temáticas com o cuidado que nos obrigamos a colocar em todos os projectos.
Para evidenciar os aspectos acima referidos, sabendo que a marioneta é um instrumento privilegiado da comunicação com a criança, escolhemos o Teatro de Sombra. É uma técnica que tem a capacidade de emocionar e interagir com a criança, mantendo a abertura para um ambiente inter-geracional que, do nosso ponto de vista, é a situação ideal para o desenvolvimento das capacidades cognitivas e crescimento da mesma.
Um Narrador conta dois dos contos de Guerra Junqueiro. Está em posição frontal face ao público e tem por detrás, acima de sua cabeça, um ecrã. Faz a apresentação, introduz as personagens e descreve o contexto da acção narrada em discurso indirecto. Sempre que passa ao discurso directo, manipula umas pequenas figuras recortadas sobre o vidro de um retroprojector que está na sua frente e que são projectadas no já referido ecrã. Conta com o auxílio de um técnico sentado a seu lado que lhe passa as sombras e acciona separadores musicais que enfatizam a acção e auxiliam na passagem da narração ao discurso directo.
A narração/acção conclui-se com a tradicional exclamação: “Vitória! Vitória, acabou-se a estória”.
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Encenação: Ildeberto Gama
Actriz/manipuladora: Susana Nunes
Marionetas: Ildeberto Gama
Dispositivo Cénico: Amândio Anastácio
Música: João Bastos
Construção de Marionetas: Ildeberto Gama e Susana Malhão com apoio de Paulo Pereira
Operador de Luz e Som: João Sofio
Direção de Produção: Ricardo Falcão
Produção: Alma d’Arame
Apoio: Município de Montemor-o-Novo
Estrutura financiada por: DGArtes – Direção Geral das Artes
Governo de Portugal – Secretário de Estado de Portugal
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Hora
(Sábado ) 17:00(GMT+01:00)
Local
Sala dos Ensaios
Largo de São Francisco