Em busca do Planalto Perdido é um espetáculo de formas animadas para toda família, dirigido a um público a partir dos seis anos.
Este espetáculo tem como ponto de partida a preocupação com a extinção em massa e as suas consequências na biodiversidade – maior vulnerabilidade perante catástrofes naturais e alterações climáticas. Sabemos que a diversidade biológica é a base da vida na Terra e o princípio estruturante do desenvolvimento sustentável. É a riqueza e diversidade da vida na Terra que possibilita o “fornecimento de serviços” do ecossistema dos quais dependemos: água potável, alimento, abrigo, medicamentos e vestuário. Neste contexto, é pertinente perguntar se a espécie humana será capaz de sobreviver à sexta extinção.
As nossas personagens são protagonistas nacionais do drama das espécies ameaçadas – o Abutre do Egipto e a Cegonha Negra.
No princípio do século XX, Portugal era um paraíso para os abutres. A agricultura tradicional facilitava-lhes a existência. Tempos distantes em que não havia linhas de alta tensão para os eletrocutar, ou as pás dos aerogeradores para colidirem. Hoje, entre nós, os abutres surgem apenas no interior, ao longo da fronteira com a Espanha, e vivem tempos difíceis.
As suas populações sofreram um declínio, em Portugal e Espanha, de cerca de 30% nas últimas três décadas, devido à degradação do habitat, perturbação humana e perseguição, encontrando-se actualmente em perigo de extinção. Hoje, a questão que se coloca é a de se saber até quando resistirão os poucos que restam?
Interessa-nos abordar este tema pela sua urgência e pela importância de sensibilizar o público para a problemática da extinção massiva de espécies e as suas consequências no presente e no futuro. Para esse fim utilizamos o veículo privilegiado de comunicação que melhor dominamos, as formas animadas. E vamos fazê-lo de uma forma lúdica e divertida sem abandonar a reflexão sobre esta questão que nos implica a todos.
O espetáculo estreou a 24 de Maio 2018.
SINOPSE
Temendo o frio do inverno que se aproxima, quatro destemidos abutres voam numa aventura em busca do mítico Planalto Perdido.
Ouviram os antigos falar desta terra de abundância, calor e sonhos com um sorriso de esperança no olhar mas avisando-os que, para o alcançarem, terão de ser valentes, astutos e muito, muito persistentes.
Na verdade, nunca ninguém viu o tal planalto, ou sequer se tem a certeza de que seja real. Sabe-se apenas que se situa em Portugal, nas zonas montanhosas do Norte, e pouco mais… nada que demova o nosso intrépido grupo.
Indiferentes às dificuldades, Bicas, Balão, Banzé e Bamba conseguem um misterioso aliado e partem numa aventura inesquecível.
Sem mais demoras, vamos a isso – o Planalto Perdido espera-os e a nós também.
Texto original – Jorge Constante Pereira
Encenação – Raul Constante Pereira
Desenho das marionetas – Manel Cruz
Música e sonoplastia – Pedro Lima
Desenho de luz – Alma d’Arame
Cenografia – Albano Martins
Construção de Marionetas – Raul Constante Pereira, Albano Martins, Sofia Silva, Amaria Simões
Interpretação – Raul Constante Pereira, Rui Oliveira
Assistência de encenação e operação técnica – Sofia Silva
Coprodução entre a Limite Zero e as seguintes instituições:
Teatro Municipal de Bragança, Museu da Marioneta de Lisboa, Alma d’Arame
Nasceu em 1965.
Em 1983 iniciou a sua formação na área das formas animadas tendo frequentado cursos e ateliers de teatro, expressão dramática, projeção vocal, construção de marionetas, técnicas de mimo, construção de máscaras e construção de instrumentos musicais. Estudou Artes Plásticas/Escultura na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.
Em 1984 inicia a sua atividade profissional tendo desde então participado em mais de 60 projetos de teatro e de televisão, quer como encenador e marionetista quer como cenógrafo.
Desenvolve paralelamente atividade como formador, nas áreas do teatro de formas animadas, da multimédia e da escultura.
É, desde 2003, diretor artístico da Limite Zero – Associação Cultural.
Desde 2010 é presidente da direção e diretor executivo do FIMP – Festival Internacional de Marionetas do Porto.
Nascido a 16 de Outubro de 1974.
Manuel Cruz, ou como gosta que se lhe chamem, Manel, desde muito novo sempre teve aptidão para as artes e frequentou a Escola Secundária Artística Especializada de Soares dos Reis. A sua primeira paixão foi a banda desenhada e durante os seus primeiros 18 anos de vida dedicou-lhe muito do seu tempo, chegando até a fazer algumas exposições, sendo que a música só apareceu depois desse tempo surgindo como um refúgio a uma certa pressão de várias pessoas em relação ao seu jeito para a arte plástica. A par da música, trabalha também, como ilustrador e pintor.
Em 2000, Manel Cruz, foi galardoado pelo Jornal Blitz com o prémio de “Melhor Voz Masculina”, ao mesmo tempo que os Ornatos Violeta arrecadavam os outros três prémios para os quais tinham sido nomeados tornando-se nos grandes vencedores da noite.
Em 2002 Manel Cruz, continuou o seu percurso como músico ingressando em duas bandas em simultâneo: os Pluto e os SuperNada, na mesma semana desenharam-se os esboços do que faria continuar a carreira musical do cantor.
Em 2006, a Objecto Cardíaco editou o livro «As Letras como Poesia», que reúne um conjunto de ensaios sobre as letras dos Ornatos Violeta. Este livro foi reeditado em 2009 pela Afrontamento.
Nascido no Porto em 11 de Dezembro de 1975.
Coordenador da equipa de som no Centro Cultural Vila Flor em Guimarães desde 2006 até 2014, colabora também como sonoplasta, desde 2000, com vários encenadores e coreógrafos: Nuno Cardoso, Rogério de Carvalho, Gonçalo Amorim, Ana Luena, Lautaro Vito, Marcos Barbosa, Vitor Hugo Pontes, John Romão. Realizou também a banda sonora para o filme de animação de José Miguel Ribeiro “Viagem a Cabo Verde” e colaborou com artistas plásticos em instalações e performances: Alexandre Osório, Carla Filipe, José Maia, Nuno Ramalho, Ana Ulisses e Ana Carvalho.
Nasceu no Porto em 1978.
Termina em 1999 o Curso Superior de Artes Plásticas-Pintura, na ESAP- Escola Superior Artística do Porto. Desde então participou em diversas exposições coletivas com trabalhos de Pintura, Fotografia e Instalação. Fez também algumas exposições individuais de Fotografia.
Dedica-se desde 1996 às Artes Performativas, assumindo o Desenho de Luz e Fotografia de Cena para inúmeros espetáculos de teatro, dança e música. Assume também funções de direção técnica e técnico de luz para espetáculos.
Fez o desenho de luz para espetáculos de encenadores como Ricardo Alves, Marcos Barbosa, Raul Constante Pereira, Nuno M. Cardoso, Rodrigo Santos, Valdemar Santos, Jonathan Humphreys, Nelson Baskerville, Alberto Villareal, entre outros. Na dança trabalhou com coreógrafos como João Dalga Larrondo, Aldara Bizarro, Clara Andermatt, Hélder Seabra, entre outros.
É membro fundador do Teatro da Palmilha Dentada e colabora regularmente com o Teatro Nacional São João, Teatro Oficina, Limite Zero, Companhia Instável e ACE – Academia Contemporânea do Espectáculo.
Foi responsável pela equipa de luz do Teatro Carlos Alberto, no Porto, entre 2003 e 2005. Foi Diretor Técnico do Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, entre 2005 e 2009.
Foi diretor técnico e professor da ACE – Academia Contemporânea do Espetáculo, no Porto. É actualmente director técnico do Rivoli- Teatro Municipal do Porto.
Nasceu no Porto em 1971.
É licenciado em Artes Plásticas – Escultura, pela Faculdade de Belas Artes do Porto e Master em Design, Materiais e Gestão do Produto, pela Universidade de Aveiro.
Expõe regularmente em Galerias de Arte, participa em Simpósios de Escultura e está representado em várias coleções públicas e privadas.
Na sua obra utiliza diferentes meios de representação, nomeadamente a escultura modelada, a fotografia, o vídeo e a modelação3D, para recriar ambientes híbridos de virtualidade e materialidade.
Participa em projetos de diferentes áreas do espetáculo, na concepção e produção de cenografias e figurinos.
Paralelamente à sua atividade artística, foi Professor de Escultura e Desenho no Ensino Superior Artístico e em vários Cursos Profissionais de Arte e Design.
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