DESMONTE, a arte ao serviço da preservação de territórios

ENSAIO ABERTO · 14 DE FEVEREIRO · 18H30 · ALMA BOX 

Desmonte, de Tiago Gandra

© Tiago Gandra

Entre os dias 8 e 14 de fevereiro recebemos na Tiago Gandra no contexto de residência artística com Desmonte, um projeto de investigação artística a partir da Conheira, uma aldeia abandonada junto ao leito do rio Zêzere.

As conheiras eram lugares onde se extraíam ouro e remontam aos tempos dos fenícios, romanos e árabes em Portugal. Quando as pedras eram limpas e selecionadas nessa extração, as que não interessavam eram atiradas para as chamadas “lixeiras” formando na paisagem grandes aglomerados de pedras redondas. Hoje é uma aldeia perdida entre plantações de eucaliptos, e já com indícios de extração destas pedras para comercialização na construção civil.

Desmonte propõe a revisitação do lugar abandonado como experiência e produção de conteúdos que sirvam como discussão, pensamento, fabulação e preservação deste território. Aborda questões como desertificação, arqueologia social, energias sobrenaturais e lugares de sobrevivência/exploração laboral vs lugares de contemplação. Documentada em diferentes fases, todos os materiais e experiências recolhidas nas residências artísticas serão justapostas e trabalhadas para uma exposição/performance onde realidade e ficção são a mesma coisa.

Este projeto individual de Tiago Gandra faz parte do projeto O QUE PISAMOS da Apneia Colectiva.

O QUE PISAMOS é um projeto de natureza multidisciplinar, em relação com a performance, com a escrita, com a activação de exercícios performativos com a comunidade, com investigação de práticas rituais, interação com não humanos e com estudos filosóficos, sociológicos e ecológicos. 

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